Resumo

As florestas energéticas, por serem fontes renováveis de energia, têm atraído a atenção de muitos investidores. Para o bom desempenho dessas florestas, há necessidade de identificar as espécies com maior potencial para este fim, o que inclui rápido crescimento, elevado acúmulo de biomassa e alto poder calorífico. Neste sentido, foi avaliado o potencial de Acacia auriculiformis e Acacia mangium para produção de madeira com finalidades energéticas no Amazonas. Os plantios estudados localizam-se no Campo Experimental do Caldeirão, em Iranduba – AM, e foram realizados entre 2002 e 2003, com mudas de sete meses e altura média de 30 cm. O espaçamento utilizado foi de 3,0 x 2,0 m. Aos 9 anos, mensurou-se de todas as árvores, as alturas total e comercial, DAP e o volume comercial. A biomassa foi determinada pelo método destrutivo a partir de 14 árvores de cada espécie, que quando cortadas foram compartimentadas em folhas, galhos finos (Ø < 10 cm), galhos grossos (Ø ≥ 10 cm) e fuste. Para caracterização energética foram determinados o poder calorífico e a densidade básica da madeira. A. mangium teve melhor desempenho em altura, DAP e volume, para estas duas últimas variáveis, os valores alcançados por A. mangium foram em média duas vezes maiores aos alcançados por A. auriculiformis. Os maiores estoques de biomassa, para todos os compartimentos, foram observados em A. mangium, os quais foram duas vezes maiores aos observados em A. auriculiformis, porém a densidade básica da madeira e o poder calorífico foram iguais entre as espécies. Em função do elevado acúmulo de biomassa, a produtividade energética de A. Mangium também foi duas vezes maior do que a produtividade energética de A. auriculiformis. Com base nos resultados, Acacia mangium tem melhor desempenho energético que Acacia auriculiformis, sendo, portanto mais indicada para formação de florestas energéticas no Amazonas.