Título
Morfo - Anatomia da germinação de Oenocarpus minor Mart. (Arecaceae): uma palmeira com potencial para Sistemas Agroflorestais
Autor
Andréia Barroncas de Oliveira
Ano de publicação
Orientador
Co-orientador
Área de concentração
Resumo
A palmeira Oenocarpus minor Mart. geralmente ocorre geralmente em terra firme na floresta tropical úmida, de cujos frutos pode-se extrair um caldo saboroso rico em nutrientes que é utilizado na dieta alimentar dos nativos da região amazônica. Neste trabalho, foi feita a morfo-anatomia do processo germinativo da semente de O. minor. Foram coletados frutos totalmente maduros de três indivíduos nos compartimentos B e N da área de exploração da Empresa Madeireira Itacoatiara Ltda, sediada no município de Itacoatiara, Amazonas. Uma amostra com 300 frutos foram despolpados manualmente e suas sementes foram semeadas em canteiros com 2 cm de profundidade, contendo substrato de areia, com sombreamento a 50%. Foi feito o acompanhamento do desenvolvimento da germinação e coletas das diversas fases do desenvolvimento. Foram preparadas lâminas permanentes das várias fases da germinação para a descrição morfo- anatomica. O embrião é único, localizado em posição central na região basal da semente. O cotilédone é formado por tecido parenquimático, procambial e protodérmico. O parênquima forma a maior parte do cotilédone variando na sua forma e tamanho de acordo com a região em que se encontra. Os feixes vasculares ocorrem ao longo da zona periférica na região distal em direção ao eixo embrionário. O cotilédone é revestido por uma protoderme unisseriada. O eixo embrionário localiza-se na região proximal em posição oblíqua ao eixo cotiledonar e é formado por plúmula e pólo radicular. Houve 96% de germinação após sete dias da semeadura, com o aparecimento do botão germinativo. O início da germinação dá-se pela expansão na zona periférica da região proximal do embrião, formando o botão germinativo com aspecto cônico. Com a formação do botão a plúmula desloca-se, orientada no sentido oposto do pólo radicular. Aos 14 dias, a raiz primária é emitida, com forma cilíndrica de cor amarelo pálido. Aos 21 dias a plúmula emite a primeira bainha cotiledonar, de coloração arroxeada. Aos 35 dias é emitida a segunda bainha cotiledonar, ocorrendo a emergência da plântula acima do substrato. A porção distal do embrião aumenta progressivamente de tamanho no decorrer do desenvolvimento germinativo, funcionando como um órgão de sucção, chamado haustório, retirando os nutrientes do endosperma para alimentar a plântula. A germinação é do tipo adjacente ligular.
Palavras-chave
Oneocarpus minor, anatomia da germinação, palmeira