Resumo

Para atender as peculiaridades existentes do estado, foi instituída no Amazonas a categoria de manejo florestal denominada Manejo Florestal em Pequena escala, a qual busca atender pequenos produtores do interior do estado em propriedade de até 500 hectares. Através do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (IDAM), o governo do estado oferece assistência técnica para os pequenos produtores que desejam realizar o manejo de pequena escala em sua propriedade. O objetivo deste trabalho foi realizar a distribuição geográfica das principais espécies de ocorrência nos 105 planos de manejo aprovados pelo IDAM no ano de 2013 no espaço geográfico do Amazonas, a partir do índice de valor de importância (IVI) apresentado por elas. Foi avaliado, ainda, a diversidade e equabilidade das áreas através dos índices de Shannon (H’) e Pielou (J’), respectivamente, e distribuição diamétrica das principais espécies. Foram feitas análises para cada sub-região do estado, conforme divisão da constituição do Amazonas, e análise com todos os dados agrupados para todo o estado. As espécies que apresentaram os maiores IVIs foram Vochysia maxima (12,56), Couratari tauari (12,03) e Goupia glabra (11,41). Os índices de diversidade variaram do mínimo de 2,88 ao máximo de 4,16 para as sub-regiões, alcançando o valor de 4,68 para o estado como um todo, mostrando que no Amazonas ocorrem áreas com baixa e outras com alta diversidade de espécies, dependendo da posição geográfica. Os índices de equabilidade se mantiveram entre 0,80 e 0,89, significando que há uma uniformidade na relação indivíduos/espécies. As regiões com maior ocorrência das espécies de maior IVI foram: Negro/Solimões, Baixo Amazonas, Jutaí/Solimões/Juruá e Médio Amazonas, apresentando-se como potenciais polos para difusão desta categoria de manejo.