Título
Equações de volume para árvores de pequeno diâmetro em uma área de manejo florestal no Estado do Amazonas
Autor
José Cordeiro Neto
Ano de publicação
Orientador
Área de concentração
Resumo
A necessidade de se quantificar o estoque de matéria-prima nas florestas nativas, principalmente o volume de madeira comercial, é o primeiro passo para que se possa tomar alguma decisão em relação ao uso da floresta. Vários autores já desenvolveram, através da análise de regressão, equações para estimativa de volume individual de árvores em diferentes regiões (Rolim et al., 2006; Thaines et al, 2010; Silva, 1984). Porém com a alta variabilidade da floresta tropical, as equações de volume devem ser ajustadas às características regionais da floresta. A Mil Madeiras Itacoatiara Ltda, é uma empresa certificada, que atua com manejo florestal no Estado do Amazonas desde o início dos anos 90. Ela já emprega uma equação de volume para árvores com DAP (diâmetro a 1,30m de altura) a partir de 40 cm. Recentemente a empresa demonstrou interesse em aproveitar os resíduos da exploração florestal para produção de energia e dentre as fontes de resíduos estão as árvores com diâmetros inferiores a 40 cm. Tais árvores são provenientes da operação de abate das árvores maiores, bem como do processo de construção de estradas e pátios. O IBAMA, através da Instrução Normativa n⁰ 5 de 2002, exige o desenvolvimento de modelos próprios para cada floresta, a partir do segundo ano de exploração dos resíduos (Brasil, 2002). Para desenvolver os modelos foram cubadas 99 árvores pelo método de smalian com o tamanho da seção de 2 m, 33 árvores de cada classe diamétrica de 10 cm com DAP (Diâmetro tirado à 1,30 de altura) entre 10 cm ≤ DAP < 40 cm, com os pontos médios 15, 25 e 35 cm. Os critérios utilizados para a seleção das melhores equações foram: o maior coeficiente de determinação (R2); o menor Erro padrão de estimativa (Syx), corrigido pelo índice de Furnival para as equações logarítmicas; e a análise de resíduos. Foram calculados os volumes dos fustes, das copas e os volumes totais, perfazendo 79,18 m3 medidos. Para estimar o volume do fuste, o melhor modelo de simples entrada foi o Brenac (Log V = - 1,9357 + 0,9185 log d – 39,1580 -) e o melhor modelo de dupla entrada foi logarítmico de Spurr (Log V = 0,983 - 9,638 Log (d2H)). Para a estimativa do volume total, o modelo de simples entrada Brenac (Log V = -1,9030 + 0,9774 Log d - 41,6161 -)) foi mais preciso do que o de dupla entrada Stoate (V = - 0,3856663 + 0,0388856 d2 + 0,0000337 d2H – 0,0141470 H)). E para estimar o volume de copa, a equação de dupla entrada de Naslund (V = -0,3106095d2 + 0,0287190 d2 H + 0,0006271 dH2 - 0,0007654 H2) foi a mais precisa em relação as outras com o R2 0,6489 e o erro padrão da estimativa de 0,0851. Podendo utilizar também a equação de simples entrada de Schumacher e Hall (V= - 3,238 x10-03d + 2,676 x10-04 com R2 0,6297 e o erro padrão da estimativa de 0,1092.
Palavras-chave
Volumetria; análise de regressão e modelagem de árvores