Resumo

A produção agrícola no Estado do Amazonas tem se desenvolvida de forma muito tímida quanto à utilização de espécies nativas. O tucumã é uma das espécies florestais da região mais utilizada na alimentação humana; porém, a produção de mudas desta espécie esbarra na demora para a germinação das sementes, que pode levar anos. O objetivo deste estudo foi avaliar a emergência das plântulas de tucumã em função do pré-tratamento dos pirenos com calor, por diferentes períodos. Inicialmente os pirenos foram submetidos a temperaturas ambiente (27°C), 30°C, 35°C e 40°C, durante 20, 40 e 60 dias. Depois do seu dessecamento, foi feita extração da semente, seguida da embebição da mesma e semeadura, realizada em caixas plásticas, contendo serragem de madeira como substrato, cobertas com filmes plásticos, criando um estufim. A cada 10 dias, durante seis meses, verificou-se a emergência das plântulas. A emergência de plântulas não foi favorecida pelo tratamento pré-germinativo com temperaturas constantes acima da temperatura ambiente (27°C), por diferentes períodos. À medida que se elevou a temperatura (entre 27 e 40°C) e o período de pré-tratamento (entre 20 e 60 dias), a emergência e o índice de velocidade de emergência de plântulas decresceram, enquanto a mortalidade das sementes aumentou, a qual chegou a 100% sob a temperatura de 40°C, durante os períodos de 40 e 60 dias.