Título
Distribuição da produção de matérias-primas não madeireiras de três espécies florestais nativas da Amazônia 2003-2015
Autor
Moisés Teixeira Rolim
Ano de publicação
Orientador
Área de concentração
Resumo
Este trabalho teve como foco principal o estudo da distribuição da produção de matérias-primas não madeireiras, oriundas de três espécies florestais nativas da Amazônia, no período de 2003 a 2015, na perspectiva socioprodutiva da região. Para tanto, foi analisado a evolução da produção florestal de Produtos Florestais Não Madeireiros (PFNMs) para os principais Estados e Municípios produtores da região. Além disso, exploraram-se os aspectos taxonômicos, ecológicos e silviculturais de três espécies florestais nativas potenciais produtores de fibras (buriti), alimentos (castanha–do-Pará) e óleos essenciais (copaíba). O estudo foi conduzido com base na Amazônia Brasileira, nos Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará e Rondônia, utilizando-se a base de dados secundária da Pesquisa da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no período de 2003 a 2005. Para a análise dos dados, recorreu-se à Estatística Descritiva e Recursos de SIG (Sistema de Informações Geográficas). Como resultados, obteve-se o panorama regional da produção das três matérias-primas não madeireiras no período de 2003-2015, foi possível apresentar a maneira que esse encontra distribuída a produção da castanha-do-Pará, Copaíba e buriti nos Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará e Rondônia. A distribuição da produção do buriti concentra-se nas Microrregiões de Belém e Cruzeiro do Sul nos Estados do Pará e Amapá respectivamente. A copaíba tem produção concentrada na Microrregião do Madeira no Estado do Amazonas e, nas Microrregiões de Óbidos e Santarém no Estado Pará. A distribuição da produção de castanha-do-Pará concentra-se na porção Central (Microrregiões de Parintins, Itacoatiara, Manaus, Coari, Tefé e Japurá) do Estado do Amazonas, com destaque na produção em maior quantidade concentrada na Microrregião do Madeira. Nos demais Estados, sua produção encontra-se distribuída na porção Leste do Pará (Microrregiões de Óbidos, Santarém, Belém, Guamá, Paragominas e Tucuruí), Sul do Acre (Microrregiões de Rio Branco e Brasiléia) e Norte de Rondônia (Microrregiões de Porto Velho, Guajará Mirim de Cacoal). A distribuição da produção do buriti, copaíba e Castanha-do-Pará está concentrada ainda nos Municípios desses Estados, onde localizam-se as Unidades de Conservação, que são os polos produtores dessas matérias-primas, especialmente a amêndoa da castanha-do-pará e do óleo da copaíba. Assim sendo, nos últimos 12 anos, o Estado do Amazonas demonstrou ser o maior produtor da amêndoa da castanha-do-Pará, o Estado do Amapá como maior produtor do óleo da Copaíba e o Estado do Pará sendo o maior produtor da fibra de buriti.
Palavras-chave
Extrativismo vegetal, produtos florestais não madeireiros, produção florestal, Unidades de Conservação