Título
Diagnóstico do comércio das madeiras denominadas “pau-de-escora” no munícipio de Manaus, Amazonas
Autor
Jonnys Paz castro
Ano de publicação
Orientador
Co-orientador
Área de concentração
Resumo
Em construção civil, há algum tempo, construtoras utilizavam madeiras para servir de suporte em construções de lajes, para formação de andaimes e outros usos. As madeiras utilizadas eram serradas ou “roliças”, quase sempre de “madeiras roliças”. Essas madeiras roliças utilizadas são árvores jovens retiradas da floresta com pequeno diâmetro e comprimento variado. Não sofrem nenhum processamento e são utilizadas de forma rústica em escoramento. Esta matéria-prima é denominada no município de Manaus de “pau-de-escora”. O objetivo principal deste trabalho foi realizar um estudo sobre os aspectos gerais da comercialização de pau-de-escora no município de Manaus, Amazonas. Para a realização deste trabalho foi cedido pelo Batalhão Ambiental-AM, 450 “varas” de pau-de-escora apreendidos como intuito de fazer a mensuração e retirar amostras para identificação macroscópica dos indivíduos; outra etapa foi entrar em contato com os Órgãos Ambientais (IBAMA e IPAAM) para obter informações sobre apreensões deste recurso. Houve, ainda, aplicação de questionário junto aos estabelecimentos que vendem para avaliar o comércio deste produto. O comprimento médio encontrado foi de 3,74 ± 0,08 cm (IC 95%) e o diâmetro médio foi de 4,48 ± 0,03 cm (IC 95%). As cinco famílias mais abundantes encontrada na identificação, considerando a família Leguminosae uma única grande família, foram Leguminosae (18,44 %), Annonaceae (9,56 %), Sapotaceae (8,00%), Lecythidaceae (7,33 %) e Lauraceae (6,44%) respectivamente, representando 49,77% do total. Com a divisão das leguminosas em subfamílias, a família Annonaceae (9,56%) seria família mais abundante, seguida por Sapotaceae (8,0%), Lecythidaceae (7,33 %), Lauraceae (6,44 %), Burseraceae (6,0%), representando 37,33% do total. No IBAMA e IPAAM não foi possível obter muitas informações referente à apreensão do pau-de- escora, pois, a instituição que atualmente realiza essa operação é o Batalhão Ambiental, que apreendeu mais de 2100 varas em 2009. O preço médio geral encontrado em Manaus para compra de pau-de-escora é R$ 2,63 e o de venda é de R$ 3,94. Ocorrem três crimes ambientais na pratica da retirada do pau-de-escora para serem comercializado em Manaus. Há uma padronização quanto às dimensões que este produto é comercializado, assim como o preço comercializado. Porém, a diversidade de árvores retiradas para este comércio é bastante diferenciado e são extraído diretamente de regeneração natural, ocasionando impacto direto na vegetação.
Palavras-chave
madeira, escoras, mensuração, identificação macroscópica, regeneração natural