Título
Crescimento e Respostas Ecofisiológicas de Bertholletia excelsa a Ambientes Contrastantes de Luminosidade
Autor
Cristiane Santos do Carmo Ribeiro de Souza
Ano de publicação
Orientador
Co-orientador
Área de concentração
Resumo
Investigou-se o desempenho em crescimento e as características ecofisiológicas foliares de mudas de B. excelsa sob três níveis de intensidade luminosa (baixa irradiância (BI) = 20 a 300 μmol m-2s-1, moderada irradiância (MI) =800 a 1000 μmol m-2s-1e alta irradiância (AI) = 1900 a 2100 μmol m-2s-1) durante 45dias de experimentação. Para tanto, analisou-se as variáveis: taxa de crescimento relativo (TCR) e absoluto (TCA) em altura e diâmetro; índice de ganho foliar (IGF) e ganho foliar (GF); área foliar específica (AFE); trocas gasosas, pigmentos cloroplastídicos e a fluorescência da clorofila. Plantas jovens de B. excelsa submetida aos tratamentos MI e AI exibiu maiores incrementos para todas as variáveis de crescimento. Considerando a variável AFE, o tratamento BI apresentou valores 16 e 15% superiores aos tratamentos MI e AI, respectivamente. B. excelsa exposta à MI exibiu relativa estabilização dos valores de fotossíntese (A2000) a partir de 30 dias de experimentação. Ao mesmo tempo, embora tenha apresentado queda aos 15 dias, o tratamento AI mostrou tendência de recuperação com valores 9,5% superiores aos 45 dias. Por outro lado, sob BI B. excelsa exibiu redução em A2000 durante todo o período experimental. Os valores de eficiência do uso da água (EUA) em MI e AI apresentaram incrementos médios de 27% ao final do monitoramento e, em BI as plantas exibiram reduções para eficiência intrínseca do uso da água (EIUA) ao longo de todo o período experimental. Quanto ao índice de conteúdo de clorofila (ICC), clorfila a (Chla), clorofila b (Chlb) e clorofila total (Chltotal), sob BI exibiu superioridade média de 83 e 194% em relação aos tratamentos MI e AI, respectivamente. A exposição aos tratamentos MI e AI induziu mudanças no padrão típico do transiente OJIP de fluorescência da clorofila a, principalmente, devido às reduções dos valores de fluorescência máxima (Fm). Considerando a máxima eficiência quântica do PSII (TRo/ABS), a espécie experimentou, aos 15 dias, presença de atividade fotoinibitória em MI e AI com posterior recuperação destes valores sugerindo certo grau de aclimatação. O valor médio de índice de performance (PIABS) sob BI foi 83 e 166% superior aos tratamentos MI e AI, respectivamente. Dessa forma fica evidente que B. excelsa parece apresentar velocidade de aclimatação mais lenta quando submetida à condição de sombreamento que quando exposta ao ambiente de sol pleno e, quando submetida a elevados níveis de irradiância, experimenta sensibilidade no funcionamento do aparato fotossintético durante curto espaço de tempo, porém apresenta mecanismos altamente eficientes na dissipação da energia excedente que poderia ocasionar danos oxidativos irreversíveis ao fotossistema II. Por último, mostra-se capaz de otimizar o uso da energia luminosa no ganho de biomassa a partir do incremento nas taxas de assimilação de carbono.
Palavras-chave
Trocas gasosas, fluorescência da clorofila a; castanha-da-amazônia