Resumo

O Estado do Amazonas possui a maior reserva florestal tropical do Brasil (150 milhões de hectares, 1/3 das florestas do país, cerca de 8% das florestas tropicais do mundo). Sendo também o maior reservatório de água doce do planeta com grande diversidade de recursos hídricos. Foi a partir do Código Florestal, Lei No 4.771, de 15 de setembro de 1965, que se definiu que as florestas primitivas da bacia amazônica só poderiam ser utilizadas através de plano de manejo. Portanto, é imprescindível o conhecimento sobre o funcionamento do mercado madeireiro na região amazônica para que se estabeleça a relação entre o que realmente foi licenciado juntos aos órgãos ambientais e o que é ofertado livremente, gerando um diagnóstico da situação existente. O objetivo deste trabalho foi realizar o levantamento e avaliação da situação madeireira na região do Alto Solimões – AM, através do licenciamento ambiental e volumetria autorizada para exploração realizado pelo Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas – IPAAM, bem como verificar a real situação das indústrias madeireiras da região principalmente no que diz respeito ao funcionamento das indústrias e a disponibilidade de matéria prima licenciada. Como metodologia desenvolveu-se a pesquisa em três etapas: Coleta de dados necessários através de pesquisa bibliográfica e coleta dos dados no órgão ambiental; Agrupamento, classificação e organização dos dados a fim de serem transformados em informações; E análise das informações obtidas. A situação legal dos planos de manejo é o entrave na regularização fundiária das propriedades rurais. Os PMFS que se caracterizam como de pequena escala têm gerado emprego e renda para a atividade do manejo florestal no Estado do Amazonas. Nos últimos quatro anos (2008 a 2011) o número de licenças solicitadas e emitidas pelo IPAAM sofreu uma redução, da mesma forma que o volume total de madeira manejada.