Título
Análise da Regeneração Natural em Área Alterada, Localizada em um Fragmento Florestal no Município de Manaus – AM
Autor
Suzana Helen da Silva Medeiros
Ano de publicação
Orientador
Área de concentração
Resumo
A recuperação de áreas alteradas se apresenta como uma ciência recente, e há grande necessidade de estudos, principalmente para o conhecimento da estrutura e dos processos ecológicos existentes anteriormente à ocorrência da degradação. Sendo assim, este estudo teve como finalidade avaliar a regeneração natural de uma área alterada, localizada em um fragmento florestal na cidade de Manaus, analisando a sua composição florística, estrutura horizontal e a diversidade a partir de parâmetros fitossociológicos e índices de diversidade de Shannon (H’) e Equabilidade de Pielou (J’). Para o levantamento florístico, realizado numa área de 0,1059 ha, primeiramente foram identificadas como: Classe 1 – indivíduos com altura ≥ 20cm e ≤ 50cm (Plântulas), Classe 2 – indivíduos com altura > 50cm e DAP ˂ 5cm (Arvoretas) e, Classe 3 – indivíduos com DAP ≥ 5cm (Espécies arbóreas). Para a Classe 3 foi realizado o censo florestal, dividida em três parcelas de 10m x 60m, abrangendo toda a área de estudo. Para as Classes 1 e 2 foram instaladas 15 sub-parcelas aleatoriamente ao longo da área, contendo 5m x 5m (25m2), totalizando 0,0375 ha (375 m2) dentro das parcelas utilizadas para o censo florestal. Na classe 1 foram identificados 376 indivíduos, distribuídos em 18 famílias, 26 gêneros e 30 espécies. As famílias botânicas de maior ocorrência foram: Clusiaceae, Hypericaceae e Melastomataceae, Arecaceae e Poaceae onde juntas representam 90% dos indivíduos. A estrutura florística da área para as dez espécies que apresentam maior densidade relativa é de 91,22% do total de indivíduos, e a frequência relativa feita às espécies, mostram que a Tovomita martiana, Vismia guinensis e Clidemia novemnervia se destacaram na área de estudo. Para a Classe 2 foram identificados 454 indivíduos, sendo estes distribuídos em 14 famílias, 17 gêneros e 24 espécies taxonômicas. As famílias de maior ocorrência foram: Clusiaceae, Hypericaceae, Myrtaceae, Anacardiaceae e Melastomataceae, representando 93% de todos os indivíduos inventariados. As dez espécies de maior densidade relativa apresentaram 94,93% dos 454 indivíduos, sendo as que se destacaram foram: Tovomita martiana, Vismia guinensis e Myrcia servata, possuindo o maior valor de frequência relativa. Para a classe 3 foram identificadas 66 indivíduos, distribuídos em 4 famílias, 6 gêneros e 7 espécies. As famílias presentes para esta classe foram a Clusiaceae, Hypericaceae, Fabaceae e Bignoniaceae. O índice de diversidade de Shannon-Weaver (H’) para a classe 3 foi de 0,7965, enquanto a Equabilidade de Pielou (J’) foi de 0,4093. As quatro espécies que obtiveram maior VI são respectivamente a Tovomita martiana, Vismia guianensis, Clitoria racemosa e Vismia cayennensis, onde juntos apresentaram 86,84% das espécies inventariadas. A espécie com maior número de indivíduos na área de estudo foi a Tovomita martiana, tendo características boas para se desenvolver em ambientes úmidos e solo arenoso, justificando assim a sua ocorrência e predominância na área. Desta forma, apesar da área estar numa crescente fase de regeneração, ainda apresenta-se com baixa diversidade de espécies.
Palavras-chave
composição florística, parâmetros fitossociológicos, diversidade de espécies, Tovomita martiana