Resumo

Apesar do aperfeiçoamento das técnicas, o manejo florestal ainda carece de informações científicas básicas para ampliar o leque de espécies manejadas e respectivos produtos. O avanço científico, junto com a inserção de novos produtos, e um melhor fim para os resíduos gerados pela exploração madeireira são passos importantes que devem ser dados na busca de uma maior competitividade do manejo florestal. Dentre os “resíduos” de exploração encontram-se as epífitas, um abundante grupo de plantas, representando mais de 10% das espécies vasculares e responsáveis por grande parte da diversidade das florestas, bem como por sua manutenção. Atualmente, pelo desconhecimento, essas epífitas associadas às árvores exploradas são mais um produto negligenciado pela atividade florestal e não vem tendo nenhum aproveitamento, sendo vistas apenas como resíduo inutilizável. Diante dessa problemática, foi proposta uma metodologia para o manejo e aproveitamento das epífitas “disponibilizadas” pelo manejo florestal sustentável. O levantamento bibliográfico confirmou a escassez de informação sobre o componente epifítico em florestas exploráveis da Amazônia, principalmente pela dificuldade de se realizar esse tipo de estudo, existindo pouca informação para estimativas. Dessa forma as informações utilizadas para a análise econômica do projeto foram hipoestimadas. As estimativas foram realizadas em duas escalas (PMFS em áreas de manejo acima de 500 e em áreas abaixo de 500 ha) Mesmo assim a atividade, de acordo com os indicadores econômicos, mostrou-se economicamente viável. De um lado, em função da infra-estrutura, do acesso e outros subsídios serem disponibilizados pela atividade madeireira. Por outro, devido ao alto valor relativo das plantas ornamentais.