Resumo

A necessidade da destinação dos resíduos sólidos torna­se cada vez mais uma exigência pessoal/empresarial do que da própria obediência à legislação. São poucas as cidades brasileiras que podem servir de exemplo de boas práticas para o gerenciamento de aterros sanitários, pois a realidade nos mostra que na grande maioria a destinação dos resíduos se dá na forma de “lixão” ou “bota­fora”, como é o caso na capital amazonense. A pesquisa foi realizada na cidade de Manaus, objetivando a avaliação e análise da destinação final dos resíduos de construção civil geradas pelas construtoras, destinadoras de resíduos e Instituições público­cooperativas. A metodologia utilizada foi à exploratória com abordagem quali­quantitativa. As informações foram obtidas através de revisão bibliográfica e entrevistas com perguntas abertas junto aos responsáveis das construtoras e órgãos públicos. Verificou­se que tanto as construtoras quanto os órgãos públicos tem conhecimento das exigências da Resolução CONAMA 307/2002. Foi observado que as construtoras fazem à reciclagem e reutilização de resíduos em seus canteiros de obra, mas a maioria dos resíduos não aproveitados que são gerados acabam sendo levados por empresas destinadoras de resíduos/entulhos para o aterro sanitário doméstico do Município ou em áreas de bota­fora, contrariando assim as normas e diretrizes da conservação e destinação final dos resíduos. Outros fatores negativos identificados foram à falta de fiscalização para a verificação da execução do plano de gerenciamento de resíduos feito pelas construtoras bem como o da cidade de Manaus ainda não possuir um aterro industrial ou específico em construção civil que possa atender a todas as exigências e métodos e técnicos para a maximização da vida útil de um aterro controlado.