Resumo

O objetivo deste trabalho foi o estabelecimento do preparo da amostra e da quantidade mínima de material necessário na determinação do teor de água para alcançar resultados com precisão, conforme as Regras para Análise de Sementes do Brasil (RAS) de sementes com impermeabilidade tegumentar, Parkia pendula (Wild.)Benth. ex Walp., Parkia nitida Miq., Schizolobium amazonicum Huber. ex Duck., e Enterolobium schomburgkii (Benth.) Benth. O teor de água foi determinado, em estufa (105 oC + 3 oC) e por 24 horas, com sementes intactas, cortadas ao meio, esmagadas, moídas e despontadas e em seguida a secagem foi acompanhada, a cada 24 horas, até a estabilização da massa. Depois de selecionado o preparo mais adequado, diferentes tamanhos de amostra (número de sementes) foram comparados. Atendendo as RAS o uso de sementes cortadas alcançou resultados satisfatórios em P. pendula com amostras de 40 sementes (+ 4,0g). P. nitida com amostras contendo 30 sementes (+ 17,0g). E. schomburgkii apresentou resultados sugeridos pelas regras, com sementes cortadas ao meio, porém em relação ao tamanho mínimo da amostra novos experimentos devem ser realizados, por não apresentarem resultados aceitáveis. Para as sementes de S. amazonicum o uso de 12 sementes inteiras para a determinação do teor de água, correspondendo cerca de 10g de material apresentou bons resultados. As Regras para Análise de Sementes com vigência até 2009 estabeleceu o uso de 5 ou 10g de sementes intactas para espécies florestais. As Regras para Análise de Sementes com vigência a partir de 2010 estabelecem a moagem ou o corte das sementes com duas amostras equivalente a massa de cinco sementes intactas. Os resultados deste trabalho confirmaram a necessidade de corte para sementes grandes e com impermeabilidade de tegumento, porém verificou-se que o tamanho de amostra nas novas regras não resultou na precisão exigida.