Metadados
Nome vulgar
Caju-açu
Nome científico
Anacardium giganteum Hancock ex Engl.
Família botânica
Categoria
Alimentícia | Espécie madeireira | Espécie medicinal | Frutífera | Reflorestamento
Distribuição geográfica
No Brasil, ocorre na região Amazônica, abrangindo o norte do Mato Grosso e rio Tocantins. Encontrada no leste do Maranhão, sul do Mato Grosso, Minas Gerais e Bahia. Presente também na Costa Rica, Panamá, Colômbia, Venezuela, Guianas, Equador, Haiti, Suriname, Peru, e Grã-Bretanha
Outros nomes vulgares
Brasil | Amazonas: Caju-açu, Caju-da-mata; Maranhão: Caju-brabo; Mato Grosso: Cajueiro-da-mata; Pará: Caju, Cajuí, Cajuaçu, Caju-da-mata caju, Cajuaçu, Caju-assú, Cajueiroaçu, Cajueiroaçu, Cajuí, Cajú-y; Nomes indígenas: Oroi, Moranha, Mairu. Outros | Costa Rica: Maranon; Grã Bretanha: Cashew, Espavel; Guiana Francesa: Bouchi-cajou, Caschou; Haiti: Pomme cajou, Pome d’acajou; Panamá: Aspavé, Wild cashew; Peru: Marñón gigante; Suriname: Boskajoe, Boesi-kasjoe; Miranã: Wiregue; Yanomami: Anacardier giant, Boesi-kasjoe, Espavel, Sacha cashu, Wild cashew, Oru xihi, Wito hi.
Características gerais da espécie
Árvore que atinge 20 a 30 m de altura. Tronco reto com 1,5 a 2,0 m de diâmetro, casca com 2 cm de espessura, lisa, coloração acinzentada e ligeiramente rugosa. Espécie de crescimento lento, folhagem densa, vistosa e frutificação tardia. Flores em tonalidade rosada-avermelhada com pequenas manchas por dentro. Madeira leve (0,50 a 0,55 g/ cm³) e macia ao corte. Cerne e alburno em coloração parda-clara à rosada. Textura média e grã direita a irregular.
Principais usos
Carpintaria | Embalagens e/ou paletes | Geração de energia | Marcenaria | Papel e celulose
Informações adicionais
Ocorre em matas de terra firme e baixa da Amazônia. Árvore que cresce bem em áreas abertas, podendo ser utilizada em projetos de reflorestamento.; Frutos doces e comestíveis, ricas em gordura, calorias e proteínas, também consumidas torradas. Pseudofruto consumido fresco ou como suco, podendo ser utilizado para a fabricação de vinho.; Em práticas tradicionais, as folhas são usadas para chás e banhos como tratamento anti-inflamatório, para dores de cabeças e infecções.; Madeira com alto teor de sílica, sendo necessário cuidado e atenção com as ferramentas utilizadas, pouca durabilidade quando em contato com local úmido e suscetível à biodegradação. Superfície pouco lustrosa e lisa ao toque, com difícil manuseio para serragem, mas fácil para aplainamento. Também fácil de pregar e aparafusar. Madeira de cheiro e gosto distintos, sendo utilizada em carpintaria, caixas, engradados, paletes, construção e interior de móveis baratos, fabricação de folhas faqueadas, lâminas para miolo de compensados, embalagens leves, construções, chapas desenvolvidas de triplex, chapas decorativas, como combustível e como fornecedora de celulose.
Referências
Loureiro, A.; Silva, M. Catálogo das madeiras da Amazônia Vol. 1. 2 vols. Belém, PA: Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia – SUDAM, 1968. | Rios, M.; Pastore Jr., F. Plantas da Amazônia : 450 espécies de uso geral. Brasília : Universidade de Brasília, Biblioteca Central, 2011. | Vasconcellos, Francisco J., Freitas, J. A. e Silva, A. C. Deposição de sílica e cristais no xilema de espécies tropicais da família Caesalpiniaceae. Revista Árvore 17, 3, 1992. 369–74.