Anexos
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Protium heptaphyllum._exsicata_02_fruto
Metadados
Nome vulgar
Breu-branco
Nome científico
Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand
Família botânica
Categoria
Alimentícia | Espécie madeireira | Espécie medicinal | Melífera | Paisagismo | Produtora de resina | Reflorestamento
Distribuição geográfica
Espécie originária das Antilhas e América do Sul. Amplamente distribuída, ocorrendo de forma natural na Bolívia, na Colômbia, na Guiana, no Paraguai e na Venezuela. Espécie nativa, não endêmica do Brasil, ocorrendo nas regiões Norte (Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins), Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Sergipe), Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso), Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo) e Sul (Paraná).
Outros nomes vulgares
Brasil | Alagoas: Amecega, Amescla, Amescla-de-cheiro, Amescla-cheirosa, Amescla-de-resina, Amescla-seca, Amesclão, Breu, Cabatã-de-leite, Louro-pico; Amazonas: Breu, Breu-branco, Breu-branco-do-campo, Breu-branco-verdadeiro, Breu-janaricica, Ciantaáhiuá, Cicantaá-ihuá, Cicantaa-ihua, Elemiera, Elmi, Elmi-do-brasil, Erva-feiticeira, Goma-limão, Guapohy; Bahia: Almesca, Amescla, Amescla-mirim, Breu-branco-da-praia; Ceará: Almécega, Almêcega, Almesca, Almíscar e Amescla; Espírito Santo: Amescla-cheirosa, Breu-vermelho; Maranhão: Amescla; Mato Grosso: Almecega, Ameciqueira; Mato Grosso do Sul: Almécega, Almesca, Armesca, Amécicla; Minas Gerais: Almecega, Almecega-cascuda, Amescla, Armescla, Breu-branco, Breu-cascudo, Breu-vermelho, Carne-de-vaca, Folha, Guapoy-ici, Mangueira-brava, Mangueira-do-mato, Mangueirinha, Manguinha, Margaridinha; Pará: Almescla, Almecegueira, Breu, Breu-branco-do-campo, Cicantã, Pau-de-mosquito; Paraíba: Almecega-brava, Amescla, Amescla-aroeira; Paraná: Almécega, Almésca, Breu; Pernambuco: Almécega, Amescla; Rio Grande do Norte: Amescla, Amescla-de-cheiro, Incenso; Estado do Rio de Janeiro: Almécega; Estado de São Paulo: Almaceagueira, Almecega, Almecegueira, Almesca, Amesca, Amescla, Animé, Breu, Breu-almecega, Mangue, Ubiracica; Sergipe: Amescla;
Tribos aborigenes: Aime, Almécega-cheirosa, Almecegueira-brava, Almecegueira-cheirosa, Almecegueira-de-cheiro, Almecegueira-vermelha, Almecegueiro, Almecequeira-vermelha, Almicar, Almíscar, Amécega, Amécicla, Amescia, Anime, Armésca, Aronaou, Árvore-do-incenso, Bredo-vermelho, Breu-almécega, Breu-branco-verdadeiro, Breu-da-campina, Breu-de-campina, Breu-janaricica, Breu-jauaricica, Breu-verdadeiro, Cicantaa-ihua, Cicantá-ilma, Elemí, Erva-feiticeira, Ibiracica, Icaraiba, Icariba, Icicariba, Incenso, Incenso-de-cayenna, Jauaricica, Lemieira, Pau-de-breu, Tacaá-macá, Teí, Ubiraciqua, Ubirasiqua, Arouaou, Haiawa, Ubirasiguá; Tupi: Ibicaraica, Icaraíba, Icica, Icica-assu, Icicariba, Incenso-de-cayena, Mescla, Mirra, Pau-de-breu, Resina-icica, Tacaamaca, Tei; Rio Tapajós: Almécega-vermelha, Almécega-verdadeira, Almécega-brava, Almécega-do-brasil, Almecegueiro, Almecegueiro-bravo, Almicar, Aime, Árvore-do-incenso, Breu-branco, Bronaou, Breu-almécega. Outros: Aranaou, Árvore-do-insenso, Breu-jauraricica, Caiantaáhiuá, Elemieira, Guapoyici, Guaipoy-ici, Incenso-de-caiena, Tacaá-macá. Outros | Argentina: Tembetari-hu, Ysy; Bolívia: Isigo; Colombia: Anime, Anime blanco, Caraña, Guacamayo, Guacharaco, Incienso, Tacahamaca, Tacahamaco; Guiana Francesa: Bois d’Encense; B. gommier; Índia: Karun-phul; Panamá: Anime blanco, Carafia, Colombiano, Copal, Elemi, Incienso, Sasafras, Sasafrás, Tacamahaco; Paraguai: Yvyra Ysy; Suriname: Encens gris, Gommier, Haiawa, Kurokai, Tingimoni, Ulu; Venezuela: Curucai, Tacamahaco; Outros: Encens du Brésil, Gommier blanc, Icapuier à sept folioles, Tacamaque, Tacahamaque, Elemi rouge.
Características gerais da espécie
Árvore que atinge de 10 a 20 m de altura com tronco de 40 a 60 cm de diâmetro. Copa densa com ramos baixos. Casca com espessura de até 15 mm, coloração cinzenta, pouco espessa e lenticelada. Casca interna fibrosa, com tonalidade rosada próximo à casca externa e esbranquiçada próximo ao alburno. Cerne em tonalidade bege-claro-rosado e uniforme. Alburno pouco diferenciado, em tonalidade esbranquiçada, levemente rosada.; Exsuda do tronco uma resina em tonalidade branca-esverdeada de aroma agradável e que endurece em contato com o ar, assumindo coloração branca.; Flores verde-amareladas a avermelhadas, pequenas, numerosas, em inflorescências ramificadas. Frutos em formato de cápsulas oblongas, coloração vermelha à vinácea, que se abrem naturalmente para liberação de 1 a 4 sementes de coloração castanha.; Madeira moderadamente pesada (0,65 a 0,8 g/cm³), flexível e durável, de cerne bege-claro a marrom-vermelho-claro. Superfície da madeira lisa ao tato e pouco lustrosa, de textura média a fina e grã direita. Sem cheiro ou gosto perceptíveis.
Principais usos
Artesanato | Carpintaria | Embalagens e/ou paletes | Geração de energia | Marcenaria
Informações adicionais
Espécie arbórea de ocorrência em regiões de clima tropical úmido. Observada em floresta de terra firme ao longo de rios. Particularmente frequente em áreas ciliares úmidas, ocorrendo tanto em matas primárias como em secundárias.; Exsuda grande quantidade de resina com aroma marcante conhecida como breu. Coletado durante o ano inteiro, principalmente no verão, diretamente do tronco ou do chão. São feitos cortes no tronco, estimulando a produção do breu e o acúmulo no tronco, sendo feita então a coleta, secagem à sombra e armazenamento em sacos de fibra ou de juta.; São aproveitadas as folhas, ramos, galhos, madeira, frutos e resina da árvore. Espécie de produção totalmente extrativista. Casca, folhas, frutos e resina usados principalmente como analgésico, cicatrizante e expectorante. Resina bastante utilizada para a fabricação de cosméticos, produtos de higiene e perfumes. Exala um cheiro muito aromático com a queima de resina, sendo utilizada como incenso e repelente de insetos. Espécie melífera, com produção de pólen e néctar. Exibe qualidades ornamentais para arborização urbana. Resina bastante utilizada na fabricação de vernizes, tintas, velas e na calafetagem de embarcações. Têm suas sementes e polpa consumidas pelos índios Chacó, da Colômbia e Panamá em forma de bebida. Espécie com potencial de uso para repovoamento em áreas degradadas de preservação permanente, principalmente ao longo de rios e córregos.; Madeira de grande durabilidade, secagem moderada, com tendência ao leve encanoamento, torcedura e endurecimento. Fácil trabalhabilidade no manuseio em serraria e aplainamento. Superfície que permite acabamento satisfatório. Presença de sílica. Madeira apropriada para construção civil, construção de barcaças e canoas, obras internas, assoalhos, esteios, serviços de torno, caixotaria, compensados, carpintaria e marcenaria. Indicada também para carvão.
Referências
Brasil. Ministério do Meio Ambiente. Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro: região norte. Brasília, DF: MMA, 2022. | Campos Filho, E. Guia de árvores com valor econômico. São Paulo: Agroicone, 2015. | Carvalho, R. Espécies arbóreas brasileiras. Brasília, DF : Embrapa Informação Tecnológica ; Colombo, PR : Embrapa Florestas, 2010. | Rios, M.; Pastore Jr., F. Plantas da Amazônia : 450 espécies de uso geral. Brasília : Universidade de Brasília, Biblioteca Central, 2011.