Metadados
Nome vulgar
Angelim-vermelho
Nome científico
Dinizia excelsa Ducke
Família botânica
Categoria
Espécie madeireira | Espécie medicinal | Espécie ornamental | Paisagismo | Reflorestamento
Distribuição geográfica
Região Amazônica, abrangendo os Estados de Roraima, Acre, Amazonas, Pará e Rondônia. Ocorre também ao Sul da Guiana. Prefere solos de natureza sílico-argilosa, em matas primárias, cujo dossel atinge grandes alturas, por vezes ocorrendo de forma gregária no Sul das Guianas.
Outros nomes vulgares
Angelim-pedra, Faveira-ferro, Angelim-vermelho, Angelim-pedra-verdadeiro, Angelim-falso, Faveira-dura, Faveira, Angelim, Faveiro-do-grande, Fava-grande, Angelim-falso, Faveira-preta, Kuraru, Parakwa.
Características gerais da espécie
Encontrada em mata alta de terra firme e solos argilosos. Espécie considerada pioneira, ainda que com tempo longo de vida. Considerada, também, espécie secundária por atingir dossel em áreas de clareira.; Espécie de grande porte, atingindo 50 a 60 m de altura diâmetro de até 2 m. Pode apresentar grandes sapopemas na base do tronco. Possui copa alta e rala, tronco reto e cilíndrico. Casca de coloração parda que se desprende em grandes placas lenhosas. Madeira muito dura e pesada com densidade de 0,98 g/cm a 1,15 g/cm, alburno castanho róseo, pouco diferenciado do cerne castanho avermelhado; textura média a grossa; grã direita a irregular; superfície lisa ao tato e sem brilho; cheiro distinto quando verde, sem gosto. ; Árvore com fruto em formato de vagem seca e achatada. Sementes duras de coloração marrom-clara, em formato levemente alongado e achatado. Cada fruto contém de 3 a 11 sementes.
Principais usos
Informações adicionais
Apresenta reprodução anual ou a cada dois anos, havendo variação entre indivíduos da espécie. Polinização feita por insetos, principalmente abelhas. Espécie com floração durante 3 meses e frutificação de até 9 meses. Dispersão de frutos e sementes facilitada pelo vento.; Espécie utilizada para fins madeireiros, ornamentais, recuperação de áreas degradadas e medicinais. Madeira usada para a fabricação de postes, pontes, mourões, estacas, esteios, cruzetas, dormentes e defensas. Também utilizado para construção civil e naval, vigamentos, caibros, ripas, tacos e tábuas para assoalhos, marcos de portas e janelas, paredes divisórias, degraus de escadas, cabos de ferramentas e implementos agrícolas, carroceria e vagões de trem, em laminados decorativos e obras portuárias.
Referências
Aleixo, I. Fenologia: Árvores da Amazônia. Manaus: Editora INPA, 2023. | Carrero, G. Árvores do Sul do Amazonas: guia de espécies de interesse econômico e ecológico. Manaus: IDESAM, 2014 | Ferraz, I. Guide to Amazonian: fruits, seeds & seedlings. Manaus : Editora INPA, 2019. | Loureiro, A.; Silva, M. Catálogo das madeiras da Amazônia Vol. 1. 2 vols. Belém, PA: Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia – SUDAM, 1968. | Vasconcellos, Francisco J., Freitas, J. A. e Silva, A. C. Deposição de sílica e cristais no xilema de espécies tropicais da família Caesalpiniaceae. Revista Árvore 17, 3, 1992. 369–74.