Anexos
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Symphonia globulifera L.f._exsicata_01.2
Metadados
Nome vulgar
Anani
Nome científico
Symphonia globulifera L.f.
Família botânica
Categoria
Alimentícia | Espécie madeireira | Espécie medicinal | Espécie ornamental | Frutífera | Melífera | Paisagismo | Produtora de látex | Produtora de óleo | Produtora de resina | Reflorestamento
Distribuição geográfica
Ocorre nas Guianas, Panamá, Jamaica, Honduras, Madagascar, Peru, Equador, Bolívia, Colômbia, México, Trinidade e Tobago, Belize, Costa Rica, Nicarágua, Dominica, Guadalupe, Suriname, Venezuela e no oeste da África tropical. No Brasil, ocorre nos estados do Maranhão, Pernambuco, Paraíba, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rondônia, Amazonas, Pará, Alagoas, Amapá, Sergipe e Acre.
Outros nomes vulgares
No Brasil | Amazonas e Pará: Anani, Ananí-da-várzea; Paraíba: Bulandi-amarelo, Bulandi-de-leite, Gulandi; Bahia e Maranhão: Canandí, Guananim-vermelho, Vanandí, Uanandi, Guanandi, Landi, Landirana, Musserengue-branco, Olandi, Petiá-de-lagoa; Espírito Santo: Guanandi; Maranhão: Guanandi, Guanani; Acre: Anani, Anani-do-igapó, Anani-da-terra-firme, Cambuí; Alagoas: Bulandi, Bulangi; Amapá: Anani; Mato Grosso: Anani, Ananim; Pernambuco: Bulandi, Bulandi-amarelo, Bulandi-de-leite; Estado do Rio de Janeiro: Guanandi, Guanadirana; Rondônia: Bacurizinho; Sergipe: Anani, Pau-breu, Pitiá-de-lagoa;
Waimiri Atroari: Manji.
Outros: Anambi, Anani-da-várzea, Ananim, Breu-anani, Bulandi, Bulandi-de-leite, Cambuí, Canadi, Pao-de-breo, Pau-breu, Pitiá-de-lagoa, Oanani, Olandi, Onani, Ounani, Uanani, Vanani.
Outros Países | Belize: Cani-lech; Bolívia: Resina amarilla; Colômbia: Brea-caspi, Macharé, Manie; Costa Rica: Cerillo; Equador: Machare; Gabão: Azoli; Guadalupe: Palétuvier jaune; Guatemala: Barillo, Leche amarillo; Guiana: Brick wax-tree, Karimanni, Mani, Maniballi, Mawna; Guiana Francesa: Mani, Manil, Manil montagne, Manil-parcouri, Moronobo; Honduras: Waika, Chewstick, Manil; Índias Orientais Inglesas: Boarwood, Doctor gum; Panamá: Boncillo, Cerillo, Sambogum; Peru: Azufre caspi, Brea-caspi, Palo-azufre; Sudão: Bois cochon; Suriname: Cok-wel-mani, Mataaki, Matakki, Manni, Masagrie; Venezuela: Mani, Ojoru, Paraman; Puinave – Venezuela: Kö; Outros: Anany, Arguane, Bera caspi, Beta, Bogum, Bolaka, Bolongo, Breo, Buckwax, Buck-wax-tree, Bulungu, Cebillo, Cero, Chullachaqui, Corbán, Dibolongo, Gamboge gouandim, Gulandim, Hot gum, Incienso, Kirimanni, Leche amarilla, Mangu-mangu, Mannibali, Matagrie, Mataki, Mbela, Mongo-Mataaki, Moronoba, Mounytain cow, Navidad caspi, Nugundo, Oanani, Paumaba, Peraman, Peramancillo, Pimientillo, Sabana-mataaki, Symphonia, Tapoekim-mani, Usempe, Usonghia, Varillo, Whykee, Wycot.
Características gerais da espécie
Na Amazônia, ocorre preferencialmente em terra firme ou nas margens de igarapés. Árvore presente em florestas primárias (mata nativa) e secundárias (capoeira), apresentando boa regeneração natural, com contínua substituição de plântulas mortas.; Em média, árvores desta espécie atingem 20 a 25 m de altura e 80 a 100 cm de diâmetro. Árvores maiores atingem 50 m de altura e 120 cm de diâmetro. Contudo, no litoral brasileiro, são encontradas árvores com 10 m de altura e 20 cm de diâmetro.; Árvore com tronco reto e cilíndrico, apresentando raízes de escora semelhantes a sapopemas em sua base. Em áreas alagadas, o tronco apresenta raízes respiratórias. Possui casca externa rugosa com espessura de 20 mm, em coloração variada de cinza-claro e cinza-amarelado, apresentando fissuras verticais e placas semelhantes a cortiça. Exsuda resina de coloração inicialmente amarelada que se torna enegrecida com o endurecimento. Apresenta casca interna fibrosa de coloração castanho-claro que exsuda látex branco e exibe tonalidades amareladas a avermelhadas ao oxidar com exposição ao ar. Alburno com coloração bege e cerne com coloração bege-rosa, ambos exibindo pouco aromáticos com sabor e gosto indistintos.; Espécie moderadamente pesada (0,52 g.cm³ a 0,80 g.cm³) com madeira de superfície lisa e pouco lustrosa, grã reta a irregular, textura média e densidade de 0,66 g.cm³.
Principais usos
Artesanato | Carpintaria | Construção naval | Embalagens e/ou paletes | Geração de energia | Marcenaria | Papel e celulose
Informações adicionais
Espécie considerada sempre-verde, produzindo folhas novas anualmente, principalmente, durante a estação seca.; Polinização por aves como beija-flores e outros. Floração abundante única por ano e frutificação com duração de quatro meses. No Pará, a floração acontece de junho a fevereiro e em Pernambuco, setembro a novembro com frutificação ocorrendo de janeiro a junho, no Pará e de março a maio, em Pernambuco.; Fruto carnoso do tipo baga, contendo de uma a cinco sementes com dispersão entre fevereiro e março, facilitada por animais, principalmente morcegos, e pela ação da gravidade.;Sementes de germinação rápida, sensíveis à dessecação e armazenamento a baixas temperaturas. Podem ser semeadas diretamente, sem tratamento prévio e logo que colhidas.; O anani apresenta uso alimentar. No Equador, fruto é considerado comestível.; Também apresenta uso medicinal, produzindo látex com propriedades antivirais e bactericidas, óleo extraído das sementes para tratamento de doenças da pele e resina com uso terapêutico popular no tratamento da bronquite, sendo também indicada como diurética, em cataplasmas, como substituto do óleo de camíbar (Copaifera aromatica) na fixação de prótese dentária e para cicatrização de úlceras e abcessos.; Árvore muito usada em paisagismo por sua disposição de ramos semelhante às coníferas, raízes tabulares e flores. Contudo, as raízes tabulares apresentam certa inconveniência devido a possibilidade de destruição de calçadas.; A casca da árvore de Anani exsuda uma goma que, quando misturada com cera de abelhas, pode ser usada como cimento. Outra utilização da goma se encontra na extração de resina conhecida comercialmente como “cera karamanni” usada no preparo de cerol para calafetar embarcações ou casas de madeira.; Na Amazônia, os índios Waimiri Atroari usam a resina na fixação de pontas de flechas. Utilizada também como cola para sapatos, tingimento de couros e em cordas e mechas de pavios para queima sem cheiro.; Espécie considerada melífera e que pode ser utilizada para repovoamento de áreas ciliares degradadas e manejo de áreas alagadas.; Árvores com madeira utilizada para produção lenha para geração de energia. Também utilizada para produção de celulose e papel.; Madeira pouco resistente aos insetos e fungos. Apresenta boa conservação na água e fácil manuseio com maquinário ou com ferramentas de carpintaria, produzindo superfícies finas. Empregado para diversos usos comerciais como móveis, caixas, utensílios domésticos, tanoaria, dormentes, compensado, esquadrias, estacas, aduelas, confecção de canoas, remos, pisos, postes, acabamento interno de barcos, tábuas, caibros, ripas, marcos de porta e de janelas e lambris.
Referências
Aleixo, I. Fenologia: Árvores da Amazônia. Manaus: Editora INPA, 2023. | Carvalho, R. Espécies arbóreas brasileiras. Brasília, DF : Embrapa Informação Tecnológica ; Colombo, PR : Embrapa Florestas, 2010. | Rios, M.; Pastore Jr., F. Plantas da Amazônia : 450 espécies de uso geral. Brasília : Universidade de Brasília, Biblioteca Central, 2011.