Metadados
Nome vulgar
Acariquara
Nome científico
Minquartia guianensis Aubl.
Família botânica
Categoria
Distribuição geográfica
Espécie encontrada nos países da Bolívia, Colômbia, Equador, Guianas, Peru, Suriname e Venezuela. No Brasil, ocorre nas regiões norte, nordeste e centro-oeste, especificamente, na Amazônia e no Cerrado. Encontrada em matas virgens e capoeiras. Também em áreas de terra firme ou inundadas. Espécie que se estabelece preferencialmente em locais sombreados.
Outros nomes vulgares
No Brasil, espécie conhecida como acariquara, aquariquara, aquaricara-roxa e aquaricarana. Em outros lugares, conhecida como manwood, acari, acariúba, wanania, mincoa, aratta, konthout, aiata-oedoe, minquart, huacapu, nispiro negro, criollo, urari, urodibe, manu e plátano.
Características gerais da espécie
Árvore que atinge 25 m de altura e diâmetro médio de 44 cm. Madeira muito pesada com, aproximadamente, 0,9 g/cm³ de densidade. Apresenta tronco reto com casca escamosa e fissurada quando observada por fora. Quando observada por dentro, a casca apresenta coloração creme, pontuações pretas e fibras quebradiças. Alburno amarelo, muito escasso e com ocorrência de oxidação. Cerne em coloração castanha-escura. Madeira com grã irregular, textura fina e superfície lisa ao toque. Cheiro e gosto imperceptíveis. Presença de látex branco e aquoso nas folhas e pecíolos.
Principais usos
Informações adicionais
Espécie utilizada para fins medicinais, sendo sua casca usada na produção de veneno para atividade de pesca. Espécie com alta durabilidade e resistência a cupins, utilizada para fins madeireiros. O tronco desta espécie nunca alcança diâmetro excessivo, sendo enterrado no solo, geralmente sem casca, e dispensando qualquer tratamento. Madeira utilizada como esteios de casas e postes de eletricidade, devido a alta resistência ao apodrecimento. O aspecto fenestrado do tronco (com buracos enormes, de origem natural) pode ser aproveitado em projetos arquitetônicos que valorizem características atrativas da madeira. Também aproveitada na a produção de mourões, esteios, dormentes e estacas para obras que deverão entrar em contato com umidade.
Referências
Aleixo, I. Fenologia: Árvores da Amazônia. Manaus: Editora INPA, 2023. | Loureiro, A.; Silva, M. Catálogo das madeiras da Amazônia Vol. 1. 2 vols. Belém, PA: Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia – SUDAM, 1968. | Obermuller, A. Guia ilustrado e manual de arquitetura foliar para espécies madeireiras da Amazônia Ocidental. G. K. Noronha: Rio Branco, 2011. | Vasconcellos, Francisco J., Freitas, J. A. e Silva, A. C. Deposição de sílica e cristais no xilema de espécies tropicais da família Caesalpiniaceae. Revista Árvore 17, 3, 1992. 369–74.