Anexos
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Carapa guianensis Aubl._exsicata_01
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Carapa guianensis_semente
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Fonte: MADY, F.T.M. 2023
Flores
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Fonte: MADY, F.T.M. 2023
Fruto e sementes
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Fonte: MADY, F.T.M. 2023
Sementes
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Fonte/Crédito: MADY, FTM. 2023
Sementes e flores
Metadados
Nome vulgar
Andiroba
Nome científico
Carapa guianensis Aubl.
Família botânica
Categoria
Espécie madeireira | Espécie medicinal | Espécie ornamental | Frutífera | Melífera | Paisagismo | Produtora de óleo | Reflorestamento
Distribuição geográfica
No Brasil, a espécie se encontra no Acre, Amazonas, Roraima Amapá, Pará, Bahia (litoral norte baiano), Tocantins e Maranhão. Também podendo ser observada nas Ilhas Caribenhas, ao sul da América Central, África Tropical, Colômbia, Belize, Costa Rica, Cuba, Equador, Guatemala, Guiana, Guiana Francesa, Honduras Nicarágua, Panamá, República Dominicana, Venezuela, Suriname, Peru e Paraguai.
Outros nomes vulgares
Conhecida nos estados do Acre, Amapá, Ceará, Maranhão e Roraima como andiroba. No Amazonas como andiroba e andirobeira. Na Bahia como andiroba e nandiroba. No Pará como andiroba, andiroba-branca, andiroba-cedro, andiroba-do-igapó, andiroba-saruda, andiroba-vermelha, andirobeira, andirobinha, andirova, carapa, jandiroba e penaíba. No Estado de São Paulo como andiroba, angiroba e nandiroba. Outro nomes no Brasil são carapá, iandiroba, iandirova, landiroba, landirova, andiroba-lisa, andirobaruba, camaçari, carapá, carapinha, caropá, comaçari, mandiroba, gendiroba, purga-de-santo-Inácio, randiroba, yandiroba.
Em outros lugares como Belize, denomina-se warawere. Em Costa Rica como cedro macho. Na Colômbia como tangarillo. Em Cuba como najesí. No Equador como tangare. Em Guadalupe como bois rouge carapat. Na Guiana como crabwood. Na Guiana Francesa como andiroba-carapa, bois-caille, british-guiana-mahogany, carape-blanc, caraperouge, karapa e carapa rouge. Nos Estados Unidos como roba-mahogany. Na Inglaterra como crabwood. No Panamá como cedro-bateo. No Suriname como krappa. Na República Dominicana como cabirma de guinea. No Paraguai e no Peru como andiroba e na Venezuela como carapa.
Características gerais da espécie
Em idade adulta, são árvores que atingem aproximadamente 30 m de altura e 100 cm de diâmetro. Algumas árvores grandes atingem até 55 m de altura e 180 cm de diâmetro. Possui densidade de 0,48 g cm-³ a 0,59 g cm-³. Espécie com tronco reto e cilíndrico, podendo apresentar sapopemas ou raízes tabulares baixas em sua base. Casca externa medindo até 15 mm de espessura e caracterizada por coloração pardo-acizentado-claro, lenticelas, fissuras longitudinais, escamas e placas lenhosas. Casca interior com coloração rosa-escura, alaranjada ao corte e amarga. Madeira com textura que varia de fina a média, grã direita ou ondulada, coloração pardo-avermelhada e superfície irregularmente lustrosa ou áspera, sem cheiro ou sabor significativos e alburno de coloração em tonalidade parda a rosada. Madeira classificada como resistente ao ataque do fungo Gloeophyllum trabeum (podridão-parda) porém, não resistente ao fungo Trametes versicolor (podridão-branca) e a broca de ponteiros (Hypsipyla grandella). Frutos com casca dura, lenhosa, dividida em quatro valvas, ásperas, branco-amareladas e com textura semelhante à cortiça, cada fruto contendo de 4 a 16 sementes, 1 a 2 sementes por valva. Sementes com coloração de tonalidade marrom-amarelada a marrom-escuro, forma e tamanho variados dependendo do número e disposição de sementes no fruto.
Principais usos
Artesanato | Carpintaria | Construção naval | Embalagens e/ou paletes | Geração de energia | Marcenaria | Papel e celulose
Informações adicionais
Espécie encontrada na Amazônia em florestas de terra firme, várzeas e igapós, se associa a espécies como ucuúba (Virola spp.), seringueira (Hevea brasiliensis) e pracaxi (Pentachletra macroloba). Utilizado tradicionalmente por comunidades da região amazônica na medicina e como fonte de renda. As sementes fornecem óleo com propriedades medicinais (cicatrizante, anti-inflamatório, antiséptico e antipirético) e repelentes. Comunidades indígenas amazônicas utilizam o óleo de andiroba misturado ao urucum (Bixa orellana) como repelente de mosquitos e parasitas e, também, como protetor solar. Outras partes da planta também são aproveitadas para fins medicinais como a casca, folhas e flores que são usadas em chás para tratamento contra anemias, infecções das vias respiratórias, febre, diarreias e contusões. O cerne das árvores de andiroba também possuem propriedades fungicidas. Na região norte, indica-se a espécie para plantios em áreas degradadas de várzeas úmidas. Integrada a sistemas florestais, considera-se a espécie como promissora para fins comerciais quando em cultivos consorciados com cacaueiro. Também é promissora em povoamento de produção madeireira, apresentando forma e crescimento satisfatórios.Apresenta boa trabalhabilidade em serrarias e maquinário para beneficiamento, sendo fácil de laminar e colar e recebendo acabamento satisfatório. Contudo, apresenta tendência a rachaduras, colapso e leve encanoamento com o processo de secagem ao ar, sendo recomendado secagem lenta. Também apresenta leve tendência a rachaduras com o uso de pregos. árvore com madeira que apresenta resistência natural moderada em contato direto com o solo, mas com tendência a rachaduras quando exposta à condições climáticas extremas. Pouco atacada por insetos e não atacada por cupins. Madeira com qualidades semelhantes ao cedro (Cedrela odorata) e ao mogno (Swietenia macrophylla). Própria para a confecção de mastros, vergas e bancos de pequenas embarcações, vigas, caibros, ripas, dormentes, contraplacados, folhas faqueadas, mobiliário em geral, caixilhos e portas. A análise química do carvão dessa espécie indica a possibilidade de uso para produção de energia, enquanto, o óleo é muito utilizado como combustível para lamparinas. A árvore de andiroba exibe características ornamentais boas para o paisagismo de parques e de grandes jardins.
Referências
Brasil. Ministério do Meio Ambiente. Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro: região norte. Brasília, DF: MMA, 2022. | Carvalho, R. Espécies arbóreas brasileiras. Brasília, DF : Embrapa Informação Tecnológica ; Colombo, PR : Embrapa Florestas, 2010. | Ferraz, I. Guide to Amazonian: fruits, seeds & seedlings. Manaus : Editora INPA, 2019. | Shanley, P. Frutíferas e Plantas Úteis na Vida Amazônica. Belém: CIFOR, Imazon, 2005.